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09.04.2025 06:14 PM
Efeito dominó: tarifas dos EUA derrubam mercados; investidores fogem do dólar e dos títulos

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Tempestade financeira: novas tarifas de Trump agitam os mercados globais

Os mercados mundiais entraram em frenesi após um golpe inesperado vindo de Washington: os Estados Unidos impuseram uma tarifa impressionante de 104% sobre produtos chineses. A decisão do presidente Donald Trump teve impacto imediato no sentimento dos investidores e desencadeou uma onda de instabilidade comparável a uma crise financeira.

Títulos dos EUA sob ataque: sinais de fuga de capitais

Os principais pilares do sistema financeiro global — o dólar americano e os títulos do Tesouro dos EUA — foram duramente atingidos. A venda massiva de títulos do governo americano provocou pânico e rumores de uma possível fuga de investidores estrangeiros dos ativos norte-americanos.

Especialistas alertam que, se a pressão tarifária continuar, pode desencadear uma desaceleração econômica que forçaria o Federal Reserve a mudar de rumo, reduzir os juros e vender parte de suas reservas de títulos.

Dólar perde força: investidores buscam refúgio em ouro e franco suíço

Em meio à crescente turbulência, até mesmo o dólar — tradicionalmente visto como porto seguro em tempos de instabilidade — começou a perder espaço. O capital migrou para ativos considerados mais estáveis: o ouro e o franco suíço voltaram ao centro das atenções dos investidores.

A situação piorou ainda mais com a queda acentuada nos preços de commodities e o forte recuo nos mercados emergentes, que se mostraram particularmente vulneráveis no contexto da guerra comercial.

Mercado de títulos estremece

O mercado de títulos do Tesouro dos EUA sofreu um movimento brusco: o rendimento dos títulos de 10 anos saltou 13 pontos-base em apenas um dia, atingindo 4,40%. Em três dias, o avanço foi de quase 40 pontos-base — uma das mudanças mais acentuadas dos últimos 25 anos.

O que mais preocupou os analistas foi o fraco desempenho no leilão de títulos de três anos realizado no dia anterior — sinal de possível perda de interesse nos títulos do governo americano e, consequentemente, de maior pressão sobre o mercado.

Prazo final das tarifas: calmaria após a tempestade

As primeiras horas da madrugada em Washington marcaram o momento decisivo: as tarifas de 104% sobre as importações chinesas entraram em vigor exatamente às 00h01 (horário do leste dos EUA). Apesar do peso do anúncio, nenhuma nova medida comercial ou retaliação imediata foi registrada. Ainda assim, o simples fato da implementação já foi suficiente para desencadear uma nova rodada de instabilidade nos mercados globais.

Colapso histórico: S&P 500 perde trilhões

O mercado reagiu de forma rápida e dolorosa. O índice S&P 500 sofreu uma das viradas intradiárias mais bruscas das últimas cinco décadas. Após abrir em alta, o índice reverteu o movimento e encerrou o dia com queda de 4,2%. O resultado: uma perda impressionante de US$ 5,8 trilhões em capitalização de mercado em apenas quatro dias. Desde sua criação nos anos 1950, nunca se havia registrado um colapso tão grande em tão pouco tempo.

Índice VIX à beira do pânico: mercados em febre

O chamado "índice do medo" — o VIX, que mede a volatilidade esperada do mercado de ações — disparou para 60, o maior nível desde agosto. O número revela o nervosismo crescente entre investidores que buscam proteção contra a instabilidade.

Os futuros dos principais índices acionários dos EUA também não apontam alívio: na quarta-feira, registraram queda de 0,3%, reforçando as expectativas negativas para os próximos dias.

Trump: "A China está manipulando o yuan, mas ainda podemos fechar um acordo"

Em pronunciamento na noite de terça-feira, Donald Trump acusou Pequim de manipular sua moeda nacional. Segundo ele, a desvalorização do yuan seria uma tentativa de anular os efeitos das tarifas americanas. Ainda assim, o ex-presidente demonstrou otimismo, dizendo acreditar que a China voltará à mesa de negociações e que um acordo ainda é possível.

Previsão do JPMorgan: recessão não é um mito

Enquanto isso, analistas do JPMorgan apresentam uma visão bem mais pessimista. Em relatório recente, alertam que uma escalada tão abrupta das tarifas pode abalar seriamente a economia global e levar a uma recessão.

"Considerando o volume de importações da China, as tarifas atuais equivalem a um impacto fiscal de cerca de US$ 400 bilhões, que recairá sobre famílias e empresas americanas", afirma o texto. Os especialistas também apontam a desvalorização do yuan como uma possível ferramenta estratégica do governo chinês para amenizar os efeitos da ofensiva comercial dos EUA.

Clima de pânico: investidores correm para moedas seguras

Com a intensificação das tensões comerciais globais, investidores voltam a recorrer aos refúgios tradicionais. O iene japonês e o franco suíço tiveram alta demanda, enquanto o dólar caiu 0,9%, cotado a 145 ienes, e 0,5% frente ao franco, negociado a 0,843. A fuga da moeda americana escancara o grau de preocupação nos mercados financeiros.

Petróleo em queda livre: o medo supera a geopolítica

Os preços do petróleo também sofreram forte pressão. Embora ameaças globais geralmente impulsionem os preços, desta vez o temor com a queda da demanda global falou mais alto. O barril do Brent despencou 4%, encerrando o dia a US$ 61,30, com perda de 2,4% somente na sessão.

O ouro brilha mais forte: crescimento em meio à incerteza global
Em tempos de aversão ao risco, o ouro voltou a se destacar. O metal precioso — considerado um termômetro do medo nos mercados — subiu 2% e se aproximou da marca de US$ 3.005 por onça. O sinal é claro: os investidores estão antecipando instabilidade e buscam proteger seu capital a qualquer custo.

Europa sente os impactos: bolsas operam no vermelho
A manhã de quarta-feira não trouxe boas notícias para a Europa. As bolsas dos dois lados do Atlântico despencaram diante do aumento das barreiras comerciais e do agravamento das previsões econômicas. O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 2,4%, apagando os ganhos do dia anterior. O DAX da Alemanha — altamente sensível às condições externas — recuou 1,7%.

Atualmente, o STOXX 600 está cerca de 15,5% abaixo de sua máxima histórica. Se a queda atingir 20%, o mercado entrará oficialmente em um bear market — período em que o medo e as vendas superam a confiança e o crescimento.

Setor bancário enfraquece: mercado espera alívio do BCE
Os bancos europeus, especialmente vulneráveis à política de juros, também sentiram a pressão. O índice do setor caiu 1,4%, impulsionado pelas expectativas de que o Banco Central Europeu seja forçado a agir já na próxima semana.

Traders estimam em 85% a probabilidade de o BCE cortar sua taxa básica em 0,25 ponto percentual na terça-feira. A decisão é vista como uma tentativa desesperada de evitar uma recessão na zona do euro.

Contra-ataque: tarifas de Trump agora miram a Europa
O embate comercial liderado por Donald Trump ultrapassou o conflito com a China e agora atinge a Europa. Uma tarifa adicional de 20% sobre uma série de produtos da União Europeia entrou em vigor à meia-noite de quarta-feira. A resposta do bloco não deve demorar — uma votação sobre o pacote de contra-sanções está marcada para o final do mesmo dia.

Setor farmacêutico sob ataque: ações de gigantes despencam
Mesmo a indústria farmacêutica, que vinha resistindo, agora sofre os impactos. Após Trump confirmar planos de impor uma tarifa "significativa" sobre todos os medicamentos importados pelos EUA, o mercado reagiu imediatamente. Ações de gigantes europeias como Roche, Novartis e Novo Nordisk caíram entre 5,5% e 5,9%.

A possibilidade de restrição ao maior mercado farmacêutico do mundo, por meio de altas taxas, assusta os investidores.

Energia e metalurgia: queda simultânea
O setor de energia também não escapou da pressão. O índice de empresas europeias do segmento caiu 3,3%, acompanhando a forte baixa do petróleo, que atingiu os menores níveis desde 2021. A instabilidade na demanda e a incerteza macroeconômica afastam o apetite por risco.

A indústria de metais sofreu ainda mais: ações de mineradoras recuaram 4,3%, pressionadas por uma tarifa recorde de 104% sobre exportações chinesas de metais — insumos fundamentais para as cadeias produtivas globais.

China responde: "Não vamos ceder à pressão"
O governo chinês reagiu prontamente às medidas dos EUA. Em comunicado oficial, as autoridades de Pequim classificaram a política tarifária de Washington como "chantagem" e prometeram uma resposta "de princípios e simétrica".

O tom firme deixa claro: as tensões geoeconômicas devem se intensificar nos próximos meses.

Alemanha em alerta: recessão à vista
Em Berlim, o clima é de preocupação. O vice-ministro das Finanças da Alemanha, Jorg Kukis, declarou que a maior economia da zona do euro está à beira de uma nova recessão. Os setores exportadores, especialmente automotivo e metalúrgico, já sofrem com os efeitos do conflito comercial. "Estamos vendo uma pressão clara sobre a espinha dorsal da nossa indústria", afirmou.

Redcare Pharmacy: queda após emissão de dívida
Em meio à turbulência, algumas empresas enfrentam crises pontuais. As ações da alemã Redcare Pharmacy caíram quase 14% após o anúncio de uma emissão de bônus conversíveis — instrumento que o mercado interpretou como uma tentativa de reforçar o caixa diante da instabilidade.

Títulos dos EUA em liquidação: nervosismo generalizado
Enquanto isso, investidores continuam a se desfazer dos títulos do Tesouro dos EUA. A desconfiança em relação à política fiscal americana — impulsionada pelas tarifas agressivas e tensões geopolíticas crescentes — tem feito até mesmo esse tradicional porto seguro perder atratividade.

Thomas Frank,
Especialista em análise na InstaForex
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