Na tabela horária, o par GBP/USD continuou seu movimento ascendente na sexta-feira e hoje está a caminho de atingir o nível 1,3151. Um salto a partir deste nível favorecerá o dólar americano e um possível declínio em direção ao nível Fibonacci 127,2% em 1,3003. Um rompimento firme acima de 1,3151 aumentará a probabilidade de crescimento contínuo em direção ao próximo nível corretivo em 1,3249.

A última onda de alta rompeu a máxima anterior, enquanto a nova onda de baixa quebrou com facilidade a mínima anterior. Isso pode sugerir uma possível reversão de tendência para o lado negativo. No entanto, levando em conta os eventos recentes, a intensidade dos movimentos e a frequência com que as tendências vêm mudando, eu não me apressaria em tirar conclusões definitivas. Em minha visão, o sentimento do mercado ainda pode oscilar diversas vezes. Tudo vai depender do desenrolar da guerra comercial.

As notícias da última sexta-feira continuaram sendo desastrosas para o dólar e, mesmo nesta segunda-feira, o cenário permanece inalterado — a moeda americana segue sob forte pressão. Nenhuma das concessões feitas por Donald Trump teve impacto positivo sobre o dólar. Ele anunciou uma trégua de 90 dias, o que, em teoria, poderia ter dado algum fôlego à moeda. Mas os traders sabem que isso está longe de ser uma "anistia": as tarifas continuam em vigor, e o presidente apenas suspendeu a possibilidade de novos aumentos no curto prazo. Onde está o lado positivo disso?

Na sexta-feira, Trump retirou da lista de tarifas produtos como telefones, computadores e outros dispositivos eletrônicos importados da China. Mas de que adianta, se recentemente ele elevou a tarifa média para 145%? Desta vez, o mercado não caiu na armadilha de um otimismo artificial. Os investidores estão acompanhando os desdobramentos com mais ceticismo e menos ilusões.

No gráfico de 4 horas, o par mantém sua tendência de alta. No curto prazo, mesmo um rompimento abaixo do canal ascendente não me convenceria de que a tendência se reverteu. A guerra comercial continua a se intensificar e, nos últimos meses, isso só levou ao declínio do dólar. De qualquer forma, a análise de gráficos não pode responder à pergunta sobre o que esperar em seguida - é o cenário de notícias que dita os movimentos do mercado.

Relatório de Compromissos dos Traders (COT):

O sentimento entre os traders da categoria "não-comercial" tornou-se menos altista na semana passada. O número de posições longas mantidas por especuladores caiu em 13.253, enquanto o número de posições curtas aumentou em 4.067.

Com isso, os ursos perderam parte de sua vantagem no mercado. A diferença entre posições longas e curtas agora é de 18.000 a favor dos touros — 92.000 contra 74.000.

Na minha visão, a libra ainda enfrenta riscos de queda, mas os movimentos recentes podem sinalizar uma possível reversão de tendência no longo prazo. Nos últimos três meses, as posições longas subiram de 80.000 para 92.000, enquanto as curtas caíram de 80.000 para 74.000. Mais impressionante ainda: nas últimas 10 semanas, os longos saltaram de 59.000 para 92.000, e os curtos recuaram de 81.000 para 74.000. Vale lembrar — essas foram as "10 semanas do governo Trump"...

Calendário de Notícias – EUA e Reino Unido:

A agenda econômica desta segunda-feira não traz eventos relevantes. Assim, o sentimento do mercado seguirá sendo influenciado pelo noticiário geral. Qualquer nova atualização sobre a guerra comercial poderá ter impacto imediato, caso surja.

Previsão para o GBP/USD e dicas para o trader:

A venda do par é possível hoje se ele se recuperar de 1,3151, com um alvo de 1,3003. A compra foi possível depois que o par fechou acima de 1,2810 no gráfico horário, com alvos de 1,2865 e 1,2931 - todos os quais foram alcançados. As posições poderiam ter sido mantidas acima de 1,3003, viando chegar a 1,3151 - que também está quase alcançada.

Os níveis de Fibonacci são traçados a partir de 1,2809-1,2100 no gráfico horário e de 1,3431-1,2104 no gráfico de 4 horas.